21 Jan 2013

'Cristãos devem dizer não à teoria do casamento homesexal diz papa


Cidade Do Vaticano - Os cristãos devem dizer "não" à teoria do "gênero" e "sim" à aliança entre homens e mulheres no casamento, afirmou hoje (sábado) o Papa Bento XVI, num novo discurso muito firme contra "uma antropologia de fundo ateu".

A ideologia do "gênero" é uma teoria popular no ocidente, segundo a qual a identidade sexual é determinada pela educação e o meio ambiente, e não por diferenças genéticas. Ela é defendida pelos defensores do casamento gay, que acreditam que a identidade feminina ou masculina não é predeterminada.


"A Igreja reitera o seu 'sim" à dignidade e beleza do casamento (...) e seu 'não' à certas filosofias, como a do género, uma vez que a reciprocidade entre homens e mulheres é uma expressão da beleza da natureza, querida pelo Criador ", declarou o Papa ao receber agentes da acção católica em sessão plenária.


O casamento gay e a teoria do género são temas que cada vez mais provocam desentendimento entre a Igreja e as elites ocidentais. Em Paris, no último domingo, milhares de pessoas, na sua maioria católicos, protestaram contra os planos do governo socialista de legalizar o casamento homossexual.


Observando que "em todos os tempos", "o homem é vítima de tentações culturais que o tornam escravo" do "culto da nação e da raça" no "capitalismo selvagem", o Papa denunciou várias ideias contemporâneas que "se vestem de bons sentimentos, em nome do progresso, dos direitos e de um humanismo".


Evocando uma "redução antropológica" do homem, onde seria "revisto o materialismo hedonista da antiguidade" associado a um "prometeísmo tecnológico", Joseph Ratzinger lamentou que "tudo o que é tecnicamente possível torna-se moralmente lícito, qualquer experimentação aceitável, qualquer política demográfica autorizada, qualquer manipulação legitimada".


Ele pediu aos atores do desenvolvimento, em colaboração com outros na Justiça e no Desenvolvimento, a "desafiar o financiamento e as colaborações que directa ou indirectamente promovem projectos em desacordo com a antropologia cristã".


A Santa Sé mantém posições de princípios, particularmente contra a pílula contraceptiva e os preservativos, o que é muito criticado pelas agências da ONU e outras ONG.

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