Pequeno e barato
Você já pensou que a luz pode substituir o Wi-Fi? Se a resposta for “não”, saiba que essa ideia não é nova e que muitos pesquisadores estão apostando os seus esforços nela — empenho que pode resultar em uma tecnologia revolucionária.
Aproveitar a iluminação das residências e escritórios para transmitir dados é uma ideia antiga, mas que depende de avanços na própria iluminação.
Isso porque a fonte ideal de luz para transmitir dados são os LEDs, que ainda custam caro.
Um problema que poderá ser resolvido com o desenvolvimento dos microLEDs, uma inovação anunciada por pesquisadores da Universidade de Strathclyde, no Reino Unido.
Enquanto outros experimentos com transmissão de dados por luz visível estão usando LEDs com dimensões na faixa de 1 milímetro quadrado, a equipe do professor Martin Dawson conseguiu reduzi-los por um fator de 1.000, criando LEDs com dimensões micrométricas.
MicroLEDs
Como são muito menores, os microLEDs podem piscar 1.000 vezes mais rapidamente do que os LEDs maiores, o que significa que eles poderão transmitir os dados mais rapidamente.
Além disso, como 1.000 desses LEDs ocupam a mesma área que um único LED tradicional, torna-se possível criar tantos canais de comunicação independentes quantos sejam os microLEDs.
Em outras palavras, os microLEDs poderão transmitir 1.000 x 1.000 vezes - ou 1 milhão - mais informações do que os LEDs tradicionais, ocupando a mesma área de 1 mm2.
Os pesquisadores já fundaram uma empresa para comercializar seus microLEDs. [Imagem: mLED Ltd]
Os microLEDs são fabricados sobre pastilhas semicondutoras comuns, constituindo um autêntico chip de luz, com a vantagem de que cada LED é controlado individualmente.
Você pode achar que isso só deixa o trabalho mais difícil, mas essas lâmpadas podem piscar em uma frequência mil vezes maior do que os outros LEDs e ocupar um espaço mil vezes menor — ou seja, a eficiência é bem maior.
Para que você tenha uma ideia melhor, um “chip” de luz feito com esses microLEDs pode ser um milhão de vezes mais potente do que um chip feito com lâmpadas de LED de um milímetro — tudo isso é devido ao tamanho e a velocidade do novo produto.
Li-Fi
Os pesquisadores estão chamando suas novas redes ópticas de redes Li-Fi, em substituição às redes Wi-Fi atuais - onde o Wi de wireless (sem fios) é substituído pelo Li de Light (luz).
A técnica consiste em utilizar um aparelho, chamado modulador, para fazer com que os LEDs pisquem rapidamente, transformando seus estados ligado e desligado em 0s e 1s.
Isso não atrapalha a iluminação e não incomoda, porque as piscadelas são rápidas demais para que o olho humano perceba.
Outra possibilidade de uso dos microLEDs é na construção de grandes telas para anúncios comerciais, onde cada LED se torna um pixel, criando outdoors eletrônicos.Agora só nos resta esperar o para saber quando o Li-Fi chegará no mercado
No comments:
Post a Comment