A Nintendo fez sua revolução em 2006 com o Wii e seus controles com sensor de movimentos. A Microsoft tentou iniciar outra revolução em 2010 com o Kinect, um dispositivo que não é um controle com sensor de movimentos, mas sim um sensor de movimentos em si. Segundo a Microsoft, "você é o controle".
A tecnologia por trás do Kinect é simples: o dispositivo tem uma câmera RGB e uma câmera de profundidade, além de sensores de áudio. A combinação de RGB e câmera de profundidade gera informações que permitem a detecção de movimento de uma pessoa e a repetição desses movimentos na tela. No momento, a tecnologia tem uma série de limitações devido ao software e ao firmware, mas apesar dos pesares há bastante interesse no Kinect por parte da indústria.
Como já foi mencionado acima, o Nintendo Wii levou os jogadores para dentro dos jogos com os controles com sensores de movimento. O Microsoft Kinect leva os jogadores para mundos virtuais detectando seus próprios movimentos, um conceito que basicamente põe os jogadores em mundos imaginados. Pelo menos na teoria, sem a limitação tecnológica, isso é praticamente o cálice sagrado dos videogames.
O Kinect é um sucesso indiscutível, não só porque um milhão de consumidores compraram o acessório nos primeiros 25 dias de vida comercial, mas também porque os entusiastas já hackeavam o aparelho nos seus primeiros dias de disponibilidade. Esse tipo de situação indica claramente o interesse dos entusiastas de computador, que de modo geral costumam ser visionários. A Microsoft pode ter disparado um gatilho que vai transformar os controles dos jogos e criar um novo tipo de interação com a interface de usuário.
O que vai acontecer nós ainda vamos ver. Mas no momento, o Kinect não só é inovador, mas também é um produto claramente diferente de todas as outras abordagens baseadas em movimentos. O interesse pelo Kinect gerado pelos usuários do Xbox 360 e pelos entusiastas é prova evidente de que a tecnologia chegou a um ponto no qual a indústria do videogame (e não só ela) precisa reconsiderar a maneira como pretende seguir em frente, e sua abordagem diante da criação de games.
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